Villa Natal vai ter apartamentos custando cerca
de R$ 98 mil
Uma enorme área no bairro de Socorro, em Jaboatão
dos Guararapes, vai ganhar um novo perfil. Um terreno, onde hoje estão inúmeras
árvores, um lago e uma casa antiga, vai abrigar, dentro de mais ou menos seis
anos, 100 prédios com apartamentos do Minha casa, Minha vida (MCMV).
A Moura Dubeux, em conjunto com a MRV Engenharia,
quer emplacar um novo conceito de moraria popular com o Reserva Villa Natal,
empreendimento que será divulgado durante o Feirão da Casa Própria, que começa
amanhã e vai até domingo, no Centro de Convenções, em Olinda. O residencial
ainda não está com a documentação completa, e durante o feirão, a empresa não
vai vender as unidades, mas fará um cadastramento dos interessados.
O empreendimento deve ter sucesso por causa de um
conjunto de fatores que o tornam atraente para os compradores. Duas das causas
são condições básicas para o sucesso de um residencial popular: o preço e uma
localização próxima de opções de transporte público.
“Quando vamos vender um apartamento para a classe
A, os compradores pensam logo na localização e nas características especiais do
projeto. Já no empreendimento popular, o que vale para o comprador é o preço.
Esse é o primeiro quesito que ele olha na hora de decidir pela compra”, explica
o gerente comercial da Moura Dubeux, Tony Vasconcelos.
Ele informa que o preço médio dos apartamentos vai
ser de R$ 98 mil. A meta é conquistar um público que tem uma renda familiar
variando de R$ 1.200 a R$ 2.500. “Para quem ganha até R$ 1.800, o subsídio do
governo federal é de R$ 17 mil. Esse valor é descontado do preço. O desconto
deixa o imóvel muito acessível”, diz.
A taxa de juros é de 4,5% ao ano mais a Taxa
Referencial (TR). O prazo de pagamento é de 30 anos e o financiamento chega a
95% do valor do imóvel. Para quitar o restante, o trabalhador pode usar o
dinheiro da sua conta do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
A taxa do MCMV para quem ganhar até R$ 3.100 não
foi reduzida junto com as outras tarifas cobradas pela Caixa Econômica Federal,
que caíram até 21%, na semana passada. A União acredita que as taxas do
programa já estão muito baixas.
No quesito localização-transporte público, a
empresa comprou um terreno de 37 hectares que fica bem próximo de duas estações
de metrô: Floriano e Engenho Velho. Uma das vantagens usadas para convencer os
futuros compradores é o fato de se gastar menos de meia hora entre o Centro do
Recife e o empreendimento se o metrô for usado. De carro, o percurso duraria,
no mínimo, o dobro do tempo. O projeto vai ser erguido na Avenida General
Manoel Rabelo, continuação da Avenida José Rufino.
Os apartamentos são compactos, na linha do MCMV, e
têm 43 metros quadrados. Vão contar com dois quartos, um banheiro, varanda,
cozinha e área de serviço. As unidades terão uma vaga de garagem. Somente na
primeira etapa do empreendimento são 400 apartamentos. Ao todo, são nove etapas
com um número parecido de unidades.
Os prédios serão sempre com quatro pavimentos,
sendo térreo e três andares. Cada piso pode ter 8, 10 ou 12 apartamentos. Cada
etapa do empreendimento terá sua área de lazer com piscinas adulto e infantil,
minicampo gramado, playground, salão de festas, redário, sala de ginástica
fechada e uma área para exercícios ao ar livre, além de gazebo.
Todo o empreendimento vai ser contemplado por uma
ciclovia que será construída ao lado da via de asfalto que dará acesso a todos
os blocos. Logo na entrada do residencial, as construtoras vão disponibilizar
um bloco de lotes comerciais que deve abrigar serviços como padaria, farmácia,
mercadinho, cabeleireiro, posto de combustível, loja de conveniência, entre
outros.
“O padrão do empreendimento está bem distante das
construções populares das décadas passadas, como o Curado e Marcos Freire, por
exemplo. Antes, a construção era desordenada e muita gente fez puxadinhos nos
apartamentos ou então usou a garagem para montar um pequeno negócio. O Reserva
Villa Natal tem o preço popular, mas o restante é de primeira linha. O
acabamento é muito bom e a administração será feita por uma empresa
competente”, explica Vasconcelos.
Fonte: Jornal do Comercio (03/05/2012).
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