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Incorporadoras preveem 1 milhão de imóveis em 2020

O empresário Rubens Menin, da MRV, e presidente do conselho da Abrainc, diz que metade desse número virá do novo programa habitacional do governo

O setor de incorporação tem condições de produzir, em 2020, um milhão de moradias, como aponta levantamento da Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) apresentado ao governo. Nessa projeção estão incluídas cerca de 500 mil unidades a serem enquadradas no novo projeto habitacional do governo federal, ainda não lançado, e produtos de habitação de mercado. Apenas o que corresponde, atualmente, à chamada faixa 1 do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida não foi incluído nesse cálculo.
“Apresentamos ao governo plano de 1 milhão de moradias por ano, com geração de 3,2 milhões de empregos”, disse ao Valor o presidente do conselho da Abrainc e fundador da MRV Engenharia, Rubens Menin. Com juros baixos, há potencial de crescimento “muito grande” para todo o mercado imobiliário, ressalta o empresário. “Temos plenas condições de fazer esse volume de moradias em 2020”, afirmou o empresário mineiro.
Neste ano, incorporadoras de capital aberto captaram recursos por meio de ofertas subsequentes de ações (“follow-on”). “Empresas com recursos reagem muito rapidamente”, declara Menin, acrescentando que o banco de terrenos atual do setor é “muito maior” do que o de 2007, quando houve a onda de aberturas de capital das incorporadoras. “Hoje, elas têm, em mãos, muito mais dinheiro do que naquela época.”
Para efeito de comparação, o estoque atual de terrenos da MRV corresponde ao Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 50,1 bilhões e a 312.838 unidades. Em 2007, o banco de terrenos da companhia possibilitava desenvolver R$ 23,3 bilhões e 168.863 unidades.
Na estimativa de Menin, considerando-se R$ 50 bilhões a serem investidos pelo governo em habitação e a média de R$ 100 mil por unidade, o novo programa pode abranger, no próximo ano, 500 mil moradias das faixas 1,5, 2 e 3. Em 2019, o número de unidades do Minha Casa, Minha Vida será de pouco mais de 300 mil, segundo o representante da Abrainc. “O governo já deixou claro que está trabalhando por um programa habitacional melhor”, afirma o empresário.
O governo passou a se sensibilizar, de acordo com Menin, em relação à importância da habitação à medida que representantes dos ministérios da Economia e do Desenvolvimento Regional e da Caixa Econômica Federal passaram a ter informações a partir de conversas com entidades de classe como a Abrainc e a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). O empresário conta que a Abrainc tem se reunido também com o Congresso Nacional para falar sobre o setor.
Segundo Menin, é possível que o novo projeto habitacional, a ser anunciado em breve, apresente redução da faixa 3 entre as mudanças em relação ao Minha Casa, Minha Vida. O empresário compara que o segmento é financiado com taxa de 8,16% ao ano, mas que o comprador do imóvel pode acessar, atualmente, crédito imobiliário com “juros de mercado de 7%” devido às quedas que vêm sendo anunciadas.
Do total projetado de 1 milhão de moradias a serem produzidas pelo setor de incorporação no próximo ano, metade estaria enquadrada no novo projeto habitacional. Uma fatia de 350 mil unidades ficaria se enquadrariam na categoria de preços entre R$ 250 mil e R$ 500 mil. Já os 150 mil imóveis restantes teriam valor superior, considerados de médio e alto padrão.
Presidente do conselho da Abrainc, Menin destaca que as recentes reduções de juros têm possibilitado também mais acesso a crédito por fatia da população que tinha dificuldade de enquadramento da renda no financiamento à compra de unidades com preço de R$ 250 mil a R$ 500 mil. “Havia um buraco negro acima da faixa 3”, diz o empresário, citando que a diminuição dos juros de 12% para 7% para esse segmento possibilitou que parte dos consumidores fosse atendida. “O novo normal passa por um período mais longo com inflação baixa e juros baixos. Famílias com renda de R$ 4 mil por mês podem, agora, acessar esses imóveis.”
A MRV, fundada e formatada pelo empresário, está ampliando sua atuação para o que Menin chama de “buraco negro”. “De repente, apareceu, na nossa frente, um mercado que não existia”, afirma. A incorporadora já divulgou que pretende que sua atuação em imóveis enquadrados somente no Minha Casa, Minha Vida caia dos atuais 80% do VGV para 43% no médio prazo. Há a intenção de que a fatia de imóveis passível de financiamento com recursos de poupança cresça.
Em sua estratégia de expansão e diversificação geográfica, em setembro a MRV anunciou que faria aquisição por US$ 220 milhões a US$ 225 milhões de até 51% da incorporadora americana AHS Residential, incorporadora fundada pela própria família Menin. A operação suscitou questionamentos de analistas e investidores. Menin diz que sempre preservou muito a relação com o mercado, mas que esse relacionamento precisa melhorar sempre.
Até 20 de dezembro, a companhia mineira vai convocar assembleia geral extraordinária (AGE) para submeter “a nova fórmula” da operação à aprovação dos acionistas. A nova estrutura da transação foi definida a partir de sugestões feitas pelos investidores. O fundador da MRV não comenta se vai votar ou não na AGE e diz estar “super otimista” que a operação será aprovada.
O empresário tem 32,4% do capital da MRV, seguido pelas gestoras cariocas Dynamo e Atmos, cujas participações somam 11,6%. Menin levou representantes das gestoras aos Estados Unidos para conhecer as operações da AHS, que produz 1.000 unidades por ano. “O pessoal ficou bem impressionado”, afirma. Segundo ele, a MRV poderá levar tecnologia e recursos humanos à empresa americana. “A AHS vai ser uma grande jogada da MRV”, diz Menin.
Questionado sobre a versão brasileira do canal de notícias CNN Brasil, que o empresário está trazendo ao país, como principal investidor, Menin não informou investimentos, nem o prazo definido para o uso da marca. Apenas informou que a entrada da emissora no ar vai ocorrer no primeiro trimestre de 2020. “Estou muito animado com a CNN. O papel da imprensa é fundamental em um país como o Brasil”, afirmou.


Planta a gosto do cliente
Personalização do projeto permite a integração de novas tecnologias no imóvel antes da entrega da chave





Já se foi o tempo em que todos os apartamentos de um prédio eram iguais. Se antes os empreendimentos tinham uma só opção de planta e modificações eram pensadas só pelo proprietário, após a entrega das chaves, atualmente as construtoras oferecem mais opções aos clientes, com diferentes configurações de divisão de espaço. A personalização do projeto também permite a integração de novas tecnologias, como portas automatizadas e instalação de painéis fotovoltáicos.

Segundo a gerente de incorporação da Cosil, Mariana Coelho, essa tendência é global, “porque as pessoas têm uma maneira distinta de morar, cada um tem sua própria dinâmica”. O solteiro que tem um apartamento com 50 metros quadrados pode trabalhar o dia inteiro, não gostar de cozinhar e preferir ambientes integrados, mas o vizinho dele ser totalmente o oposto. Por isso, diz ela, é importante pensar um projeto com várias plantas, mesmo que haja um determinado público alvo.

A A. C. Cruz já presta esses serviços há cerca de cinco anos. “A gente lança o condomínio já com plantas extras pensadas pelo arquiteto. O cliente pode aceitar as nossas sugestões, sem custo extra, ou procurar outro profissional, desde que devolva o projeto dentro do prazo que estipulamos”, indica a engenheira Michele Fialho. Ela estima que 50% dos compradores já aderiram ao hábito de customização, sendo uma das vantagens a adaptação da rede elétrica.

Um bom planejamento também é chave para a sustentabilidade, afirma Michele. Com pequenos ajustes, por exemplo, a iluminação pode se tornar mais eficiente, resultando em economia de energia elétrica. A energia solar, captada pelos painéis solares, pode alimentar lâmpadas e aquecedores elétricos, além de ser armazenada em baterias. Um exemplo é o edifício Vila D’Almeida, na Avenida Rui Barbosa. Outros quatro prédios em construção da A. C. Cruz também seguem a tendência.

Na Queiroz Galvão, o serviço de customização de imóveis desde o projeto é oferecido há cinco anos. Segundo o coordenador de personalização da construtora, Igor Dália, há casos em que as modificações são mais restritas e outros com possibilidade de alteração total. Nas duas situações, o cliente recebe um Guia de Personalização, que esclarece preços, prazos e o que pode ou não ser mudado. Três arquitetas são responsáveis por analisar as propostas.

A antecipação ajuda na execução da obra, mantendo o cronograma em dia, e beneficia o comprador. Como ele tem que quitar a reforma até a entrega do imóvel, quanto mais cedo o projeto estiver pronto e aprovado, maior o prazo de pagamento. O custo é calculado segundo o número e a complexidade das alterações feitas. “No Dona Sílvia, dos 14 andares, 12 foram customizados”, diz.

Fonte: diário de pernambuco
24/05/2012
A escolha do tipo de apartamento - A decisão da Construtora
Construtoras calculam desde o tamanho da área até a viabilidade do projeto para definir o empreendimento


Consumidores que têm o hábito de acompanhar o setor imobiliário devem ter percebido, nos últimos tempos, o surgimento de produtos mais compactos, os chamados “home service”. Boa Viagem e Casa Forte foram pioneiras neste tipo de projeto. Mas eis que bairros como Graças e Boa Vista despertaram o interesse de construtoras na criação dos “studios”, mesmo em terrenos maiores. Definir o tipo de empreendimento, se mais amplo ou menos robusto, é um dos pontos-chave das construtoras para vender bem um produto. Afinal, os custos da construção vão recair no bolso de quem vai pagar pelo imóvel.

Um exemplo desse fenômeno é o edifício Graças Studio Prime, que a construtora Carrilho está erguendo na Rua da Amizade, nas Graças. O terreno do residencial compacto mede 1.810,56 metros quadrados e poderia ter “rendido” uma obra com plantas um pouco mais vastas (as dimensões dos imóveis variam entre 32,3 e 34 metros quadrados). São 104 apartamentos divididos em 13 pavimentos tipo. Vale lembrar que o projeto terá serviços diferenciados, alguns agregados ao pacote de compra do imóvel.

“Se erguesse um produto com 60 apartamentos maiores seria inviável do ponto de vista de vendas. Uma área de venda maior torna o projeto mais competitivo no mercado. Hoje, o valor médio do metro quadrado de um ‘três quartos’ é entre $R 4,6 mil e R$ 5 mil, abaixo do ‘studio’, entre R$ 6 mil e R$ 6,5 mil ”, revela Antônio Carrilho, diretor da construtora.

Segundo ele, o ideal é criar um produto cujo preço global englobe o tamanho construtivo. Garagens, nestes casos, fazem uma diferença considerável na construção e venda do imóvel. Pudera. Em projetos de duas unidades por andar, em tese, gasta-se menos com redes hidráulica e elétrica, elevadores e garagens (esta última com demanda maior nos projetos tipo “studio”).

Se o construtor, conforme a área do terreno, dobra o número de unidades, supõe-se que o custo aumentará. “Sem falar nas despesas com engenheiros, vigilantes, documentação, entre outros, que interferem no valor final do imóvel”, diz Carrilho. “O que pode encarecer mais alguns produtos são áreas molhadas (cozinha, banheiros e serviço), elevadores e garagens, considerando a mesma área de laje. Mas os custos são complexos e dependem de variáveis, como região e necessidade do mercado”, completa José Antônio Simon, vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco (Sinduscon-PE).

Fonte: diário de pernambuco
08/03/2012

Imóvel novo ou usado?
Veja os prós e contras de cada um antes de fazer a sua opção



Na hora de comprar uma casa ou um apartamento, muitas questões passam pela cabeça do futuro proprietário. Além de preço, localização ou distância do trabalho, a dúvida sobre a idade do imóvel, se novo ou usado, costuma atormentar muita gente.
De acordo com o advogado imobiliário e diretor de condomínios da Primar Administradora, Carlos Samuel de Oliveira Freitas, “o perfil do comprador é que vai determinar se o imóvel novo ou usado é mais vantajoso e se é melhor morar em casa ou apartamento”.

Independentemente disso, alerta, a escolha deve ser feita com o máximo de cuidado, já que o brasileiro irá comprar no máximo dois imóveis durante toda a sua vida.

Novo

Entre as diferenças dos imóveis novos e usados, na tentativa de auxiliar quem se encontra perdido com esta questão, Freitas elencou as vantagens e desvantagens de cada tipo.

Nos imóveis novos, destaca, as construções são entregues com acabamentos na cozinha, banheiro e lavanderia, porém, o restante fica por conta do comprador. Outro aspecto favorável, diz, é que as tomadas e outros equipamentos elétricos e hidráulicos já vêm no padrão das novas normas de segurança, o que não acontece nas construções mais antigas.

No que diz respeito aos condomínios, apartamentos novos possuem uma área privativa menor, o que significa que os cômodos e a metragem interna foram reduzidos. Por outro lado, a área de lazer aumentou e muito, com opções como brinquedoteca, sauna, espaço gourmet, bosques e academia.

“É bom lembrar que tudo custa dinheiro. Os equipamentos estarão sempre à disposição para serem utilizados e o seu valor e a sua manutenção serão inclusos na taxa condominial. Além disso, nas edificações novas, as instalações são mais modernas”, diz Freitas.

Usado

Já os imóveis usados ganham de longe dos novos, quando o assunto é espaço. Mais amplos, os cômodos dos imóveis mais velhos são mais confortáveis e não deixam nenhum móvel de fora. Os banheiros – muito valorizados pelos brasileiros – são espaçosos e, muitas vezes, contam com banheira ou um grande box.

Outro ponto a favor, ressalta o diretor de condomínios da Primar, é que a vizinhança já está consolidada, sendo que o comércio e a infraestrutura de regiões mais antigas, geralmente, são melhores do que os dos novos zoneamentos.

Além disso, quem quiser adquirir um imóvel usado tem a vantagem de poder negociar o valor e as formas de pagamento, com a possibilidade de troca por outros bens. “O imóvel usado é mais barato do que um novo. Quando houver a necessidade de realizar reformas, é recomendado colocar tudo na ponta do lápis e analisar se os custos das melhorias, somados ao valor do imóvel, não superam o preço de um novo”.


Fonte: http://www.infomoney.com.br/financas/noticia/2339876
http://www.cofeci.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=370:imovel-novo-ou-usado-veja-os-pros-e-contras-de-cada-um-antes-de-fazer-a-sua-opcao&catid=42:ultimas-noticias&Itemid=97
24/02/2012

Valorição no Pina

Pesquisa aponta que bairro, junto com a Boa Vista e Santo Amaro, é um dos alvos das construtoras

Se você fosse comprar um apartamento hoje, usado ou na planta, escolheria os bairros da Boa Vista, Pina ou Santo Amaro? Do ponto de vista imobiliário, essas regiões andavam esquecidas no mercado, mas nos últimos três anos passaram a ser alvo das construtoras, principalmente as duas primeiras. Tanto que o Pina está no topo das localidades mais valorizadas do Recife. As demais são boas promessas.

A conclusão é fruto de uma pesquisa de mercado realizada pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), entre novembro de 2011 e janeiro deste ano. O estudo analisou uma amostra de 497 apartamentos no Recife e Jaboatão dos Guararapes (Piedade e Candeias). As variáveis da pesquisa oferecem um panorama do atual mercado e apresentam tendências interessantes para os próximos anos.
 (Lais Telles/Esp. DP/DA Press)



Pelo estudo, imóveis menores são os mais valorizados e as unidades de um quarto apresentaram maior valor médio por metro quadrado, de R$ 5.018,75. Os produtos de três quartos agregaram menor valor médio (R$ 3.498,75). Suítes estão bem cotadas e chegam a agregar R$ 500 no preço do metro quadrado. Tipo de prédio e serviços também podem agregar valorização significativa.

"Os consumidores têm procurado opções de compra onde a valorização está agregada à mobilidade urbana, caso do Pina, proximidade do trabalho e funcionamento do condomínio, que pode apresentar depreciação maior ou menor", explica o professor adjunto de finanças da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Pierre Lucena, coordenador da pesquisa. "A compra de produtos usados tem sido uma boa alternativa".

A valorização das áreas mais destacadas muito tem a ver com a localização. Boa Vista por ser central e Pina pela posição estratégica (proximidade do centro) e estrutura. Candeias e Piedade em função de Suape. O preço do metro quadrado, no entanto, continua maior nos imóveis novos e na planta, R$ 4,3 mil contra R$ 3,4 mil dos produtos usados. Santo Amaro, na análise de Lucena, apresenta uma tendência de crescimento.

E a Zona Oeste, tida como potencial região de expansão pelo setor? De acordo com o levantamento, a localidade apresentou bairros entre os mais desvalorizados, como Barro, Tejipió e Iputinga. "Embora ofereça terrenos com preços mais baratos, percebemos que a valorização da Zona Oeste está condicionada à estrutura, como o uso do metrô pela classe média, entre outras causas. É algo futuro que pode modificar este cenário e valorizar a região", pontua Lucena.
Augusto Freitas - Diário de Pernambuco
Publicação: 16/02/2012 12:41Atualização: 16/02/2012 12:57